Preocupado com o status sanitário do Rio Grande do Sul, o Sindicato dos Médicos Veterinários no Rio Grande do Sul (SimvetRS) buscará, em parceria com outras entidades, o apoio da bancada gaúcha na Câmara dos Deputados para buscar recursos e retomar o projeto de construção de um laboratório de biossegurança no Estado.
A proposta inicial do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (Fepagro) é apoiada pelo SimvetRS. A expectativa é que o laboratório possua nível máximo de biossegurança, conforme a presidente do SimvetRS, Maria Angelica Zollin de Almeida. “Pretendemos que o laboratório tenha nível de biossegurança 3, 3A ou 4OIE”, explica a dirigente.
Maria Angelica salienta que a construção da estrutura ganha ainda mais importância com a possível suspensão da imunização contra a febre aftosa no Estado, que possui, atualmente, o status de livre de aftosa com vacinação. “O Rio Grande do Sul, como barreira contra a entrada de doenças infecciosas, precisará de toda a segurança possível. Nesse sentido, o laboratório de biossegurança é de extrema importância, pois ele vai garantir a segurança do Rio Grande do Sul frente aos outros Estados e também do Brasil”, ressalta.
Atualmente, o Estado conta apenas com o Laboratório Central (Lacen), localizado em Porto Alegre. Embora em 2002 o Ministério da Saúde tenha definido a implantação de uma área laboratorial nível de biossegurança 3 na instituição, o Lacen possui uma estrutura inadequada para a Medicina Veterinária. “O Lacen trabalha só com área humana”, diz a presidente do SinvetRS.
O laboratório de biossegurança será implantado no IPVDF com infraestrutura adequada para a realização de diagnósticos e pesquisas com agentes infecciosos. Ele servirá de apoio ao monitoramento sanitário das cadeias produtivas de produtos de origem animal, visando dar suporte à comercialização desses produtos nos mercados interno e externo. O laboratório também dará suporte à pesquisa de agentes que possam representar risco para a saúde animal e humana.