A prefeitura de Holambra (SP) confirmou a morte de um casal por febre maculosa, doença transmitida pelo carrapato-estrela. José Ronaldo da Silva, 24, e Marina Martina, 21, eram trabalhadores rurais e moradores do bairro Imigrantes. Eles chegaram a ficar internados no Hospital das Clínicas da Unicamp, mas não resistiram e morreram no dia 10 de janeiro. No entanto, o laudo oficial só foi divulgado na última quarta-feira (28/1) pela administração municipal.

Silva foi o primeiro a apresentar os smas da doença, após retornar de uma pescaria em uma lagoa na cidade, de acordo com a prefeitura. Dois dias depois, a mulher também teve febre alta e vermelhidão na pele. O casal foi até o Pronto Socorro Central de Holambra e depois foi transferido para o HC da Unicamp, onde acabou morrendo. ?Como Maria estava amamentando, a bebê de 5 meses também foi encaminhada para o HC, onde ficou em observação por cinco dias e depois foi liberada.

A prefeitura de Holambra informou que estas foram as duas primeiras mortes na cidade em 2015 e ressalta que trata-se de caso isolado, e destaca que não há outros pacientes com suspeita da doença. A administração municipal afirmou ainda que intensificou o trabalho preventivo por meio de campanhas educativas e do aumento do número de placas informativas em áreas de risco, sobretudo, onde há presença de capivaras.

Febre maculosa - A doença é provocada pelo carrapato-estrela e pode levar o paciente à morte. A pessoa infectada precisa de tratamento rápido logo após a confirmação do diagnóstico, antes do aparecimento das máculas (manchas pelo corpo), que normalmente surgem quando o quadro é considerado avançado e de difícil reversão. Entre os principais smas da doença estão febre moderada ou alta, dor de cabeça, dores pelo corpo e manchas, principalmente na palma das mãos e na planta dos pés.

O número de mortes por febre maculosa aumentou 66,6% em Campinas (SP) em 2014. Foram cinco mortes contra três no mesmo período de 2013. De acordo com a Vigilância Sanitária, a região responde atualmente por 40% dos casos registrados em todo o Brasil.